Fundação Neotrópica do Brasil completa 28 anos

Mais de 50 projetos foram executados, incluindo a luta pela criação do Parque Nacional da Serra da Bodoquena.

Por Letícia Ávila - Fundação Neotrópica do Brasil
30/07/2021 · Noticias

Nesta sexta, comemoramos 28 anos da Fundação Neotrópica do Brasil. De 1993 até hoje, mais de 50 projetos de conservação ambiental foram desenvolvidos, trazendo inúmeros benefícios socioambientais nesse período.

Atuando a partir de várias frentes, uma das atividades da Neotrópica é a criação de áreas protegidas. Mais de 70 mil hectares já foram enquadrados, como as RPPN’s (Reserva Particular do Patrimônio Natural) e o Parque Nacional da Serra da Bodoquena, criado em 2000. Atividades de recuperação de áreas degradadas já contribuíram para o plantio de mais de 30 mil mudas na região de Miranda. 

Projetos como o Papagaio-Verdadeiro e VOA desenvolveram uma extensiva pesquisa sobre as aves da região, colaborando também com a sensibilização da sociedade local e com o turismo de observação científica. 

O Superintendente Executivo da Neotrópica, Rodolfo Portela, lembra do trabalho pioneiro da Fundação para o desenvolvimento de pesquisas sobre a região, assim como as pesquisas atuais do NUGEO, de geoprocessamento e sensoriamento remoto. “O trabalho da Neotrópica foi imprescindível, uma expressiva contribuição para a geração de ciência na Serra da Bodoquena em um período que não havia tantos estudos, foi um pioneirismo em levantamentos ecológicos e nos trabalhos sociais”, ressalta. 

Como parte desse desenvolvido, a Fundação participa do Observatório Serra da Bodoquena, que tem o objetivo de acompanhar as atividades de grande impacto ambiental da região do Planalto da Bodoquena. O projeto Observ’água também atua a partir da avaliação da integridade das bacias cênicas da região (Rio Formoso, Rio Mimoso e Rio da Prata).

Os trabalhos sociais foram destaque do envolvimento das pesquisas ambientais com o empreendedorismo e capacitação comunitária. Projetos como Pé de Serra, Canaã, Frutificando e outros criaram, junto à comunidade, a produção de doces, compotas e produtos artesanais vindos diretamente da terra, produzidos localmente. “Muitos desses produtos, como os do Pé de Serra, são encontrados nas prateleiras dos mercados”, lembra Rodolfo. 

Projetos educacionais, voltados para a estruturação de Secretarias e Conselhos Municipais de Meio Ambiente (COMDEMAs) e capacitação de gestores públicos municipais (ICMS Ecológico) também são desenvolvidos e geram bastantes benefícios para a comunidade. Nesse sentido, a Fundação atua a partir do apoio à gestão municipal ambiental de mais de 30 municípios no Mato Grosso do Sul, fortalecendo a união dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente nos três biomas: Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal.

 “A Neotrópica é feita por pessoas. São pessoas comprometidas com a conservação. Todos que passaram pela instituição contribuíram e muito; sem o trabalho e a dedicação de cada um, seja técnico, conselheiro ou apoiador, isso não seria possível” - Rodolfo Portela, Superintendente Executivo da Fundação Neotrópica do Brasil.